terça-feira, 5 de dezembro de 2006

7 - Pérolas da cultura lusitana (ou "Alguém sabe quem é que inventou esta treta")

É com muito prazer que abrimos mais um precedente intelectualmente estimulante na nossa Moleskine para dar a conhecer ao nosso vastíssimo rol de leitores as belezas da cultura portuguesa que (sabe-se lá porquê, não, a sério, porque será?) é cada vez mais ostracizada.
Uma das pérolas da sabedoria popular lusitana são os provérbios, essas frases que rimam e que muitas vezes significam algo de uma profundidade temerosa e que outras vezes (muitas mais) têm o interesse do programa do Manuel Luís Goucha às quartas-feiras de manhã.
Posto isto, pedimos aos nossos estimados leitores que nos acompanhem na análise de um provérbio tão insondável que se alguém tivesse tido a amabilidade de o citar a Camões o afamado poeta tinha deitado o manuscrito d"Os Lusíadas" borda fora, pois a sua capacidade de caracterizar o povo português é nula perante a afirmação extenuante que anda na boca (lado-a-lado do gargalo da "mine") de todos os grandes pensadores nacionais: "Quem ganha alguma coisa não perde coisa alguma"(sim, o provérbio é este). Na nossa opinião, um bom momento para declamar esta maravilha do mundo antigo ao poeta teria sido quando este ficou sem o olho direito, algo como: "Carissímo, vós perdestes um olho, mas não há stress, pois ganhastes la batalha - e depois a rematar - quem ganha alguma coisa não perde coisa alguma, tás a ver dread? E essa pala no olho fica-te fixe, a sério. Tá bué na onda dos Piratas das Caraíbas."
Quais Lusíadas, qual Memorial do Convento? A sabedoria popular é a génese da cultura (também há quem lhe chame cóltura) que realmente interessa.

Isto explica muita coisa. A sério.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caros velvetianos...sabem o que é uma maravilha????